09 outubro 2007

O preço do desprezo

Dizem que no em tanto a desprezos não o há maior que o de não fazer aprecio. Ignorar alguém ou algo é muito pior que considerá-lo “pouca cousa” em quanto que não se reconhece nem a sua existência. Pouca cousa sempre é mais que nada.

Em geral os habitantes do mundo rico não percebem a fame que provocam seus governos, nem as guerras que financiam, nem as enfermidades que permitem nem a pobreza que impõem.

Todo isto fica tam longe da gente do mundo rico que não sao conscientes do problema porque simplesmente não o conhecem, e como ignorantes, são inocentes. Mas desde o momento em que se param a pensar em isto e solucionam o seu conflito moral dizendo "sempre foi assi, sempre houvo pobres", a sua ignorância passa a ser um desprezo consciente.

O feito de intentar varrer para debaixo do tapete milhões de mortes injustificadas é o maior dos desprezos. Mas 852 milhões de esfomeados e 2000 milhões de pobres não se podem ignorar tam facilmente.

Comprova-o: tenta contar até 852.000.000, e cada vez que digas um número pensa que é uma pessoa: 1, 2, 3, 4, 5,6.......... E cada umha de essas pessoas tem dentro a capacidade de opor-se a um trato injusto, .... 7, 8 , 9, 10 ..... e muitas de elas começam a ser conscientes de onde reside a injustiça, ........ 100, 101, 102 ....... e entre elas, como fixo a humanidade desde sempre, falam para conseguir objectivos comúns ....... 10.000, 10.001, 10.002 ...... e a nossa civilização supõe um perigo certo para eles....... 851.999.997, 851.999.998, 851.999.999 e 852.000.000.

Ou reaccionamos ou acabaremos pagando o justo preço do nosso desprezo.

1 comentario:

Anónimo dixo...

Bienvenido. Me encanta que estés de vuelta y más con este tema y esta fuerza.