27 agosto 2008

Catástrofes aéreas


As verdadeiras catástrofes aéreas som as que se decidem em gabinetes com um grupo de políticos e generais fechados dentro. O de Madrid foi um acidente do que se tratará de aprender para que nunca mais concorram as causas que o motivaram.
Catastrófico, e nom acidental, é que a humanidade seja quem de permitir como parte integrante do seu sistema um estado de cousas nas que se poda considerar "estratégico" aniquilar pessoas inocentes a base de bombazos desde um avião.
Catástrofes aéreas foram as de Guernika (1.000 mortos) , Dresde (350.000 mortos), Hiroshima e Nagasaki (400.000 mortos) e, recentemente, Tsjinvali, a capital de Osetia do Sur.
Catastrófico é que quenes provocam e planificam estas massacres sejam as pessoas que nós mesmos nos damos como dirigentes.
Catastrófico é que os que começaram a guerra de Irak (case 100.000 mortos por agora), os que deram a ordem de bombardear Bagdad, se sintam a dia de hoje "orgullosos" de te-lo feito.
Catastrófico é que ademais, muita gente os segue a apoiar quando deveriam ser tratados como criminais.

Do acidente de Barajas aprenderemos algo que fará que voar seja cada vez mais seguro. Deve de ser o costume o que fai que nom aprendamos nada das barbaridades que fam os militares e os políticos fechados em um gabinete.

01 agosto 2008

Catálogo de abraços


De carinho, de compreensão, de encontro, de cumplicidade, de consolo, de amor, de protecção, de despedida, de respeito, de desespero, de amizade....

Todos os abraços do mundo estão reunidos no gesto de estas duas velhas maestras. É Anisia Miranda quem abraça e Antía Cal a abraçada, mas isso pouco importa, como tampouco importa o ameaçante relógio da Anisia assomando entre as mãos enlaçadas e arrugadas. O que realmente é importante é essa capacidade que tenhem os abraços de regalar a quem o necessita.

A canção que provocou este abraço inundou a cabeça da Antía de recordos e os seus olhos de lágrimas, mas bastou que a primeira delas começasse a assomar para que a velha amiga lhe desse o calor pausado do seu consolo "...estamos aqui, amiga, estamos aqui. Ainda estamos aqui."