20 novembro 2008

Pornografía infantil

¿Qué clase de animal es capaz de usar a sus crías como objetos sexuales?


“angels”, “lolitas”, “boylover”, “preteens”, “girllover”, “childlover”, “pedoboy”, “boyboy”, “fetishboy” o “feet boy”

18 novembro 2008

"Tu lo leiste en el periódico pero yo estaba alli"

Los datos del paro en España en época de crisis son escalofriantes. Como la precariedad laboral y la temporalidad es tan alta, el despido es gratuito en un gran porcentaje de los casos. Es un tópico, pero no por ello menos cierto, que siempre pagan los mismos los platos rotos. Y así los que justifican las grandes ganancias de los empresarios en que "ellos son los que arriesgan" se quedan en estos tiempos sin argumentos. A no ser que consideren que el que nada tiene nada arriesga, pero ni así.

A mi entender, esta escena de "Los Lunes al Sol" que os dejo aquí resume la situación que se va a a encontrar mucha gente. Y lo hace mucho mejor que cualquier análisis del G20 o de los periodistas especializados en asuntos económicos. Estos últimos están casi todos contagiados por la "lógica" del sistema liberal y son los mismos que aventuraban, ingenuos, que la reunión de Washington se podría comparar a la de Bretton Woods. Vistas algunas cosas de las publicadas, no me extrañaría nada que la frase "Tu lo leíste en el periódico pero yo estaba allí" acabe por convertirse para mucha gente en un axioma: "si lo pone el periódico, desconfía".

16 novembro 2008

O problema segundo o G20

Ponto 12 da declaração do encontro do G-20 em Washington:

12. We recognize that these reforms will only be successful if grounded in a commitment to free market principles, including the rule of law, respect for private property, open trade and investment, competitive markets, and efficient, effectively regulated financial systems. These principles are essential to economic growth and prosperity and have lifted millions out of poverty, and have significantly raised the global standard of living. Recognizing the necessity to improve financial sector regulation, we must avoid over-regulation that would hamper economic growth and exacerbate the contraction of capital flows, including to developing countries.
A estas alturas, com os objectivos do milénio (pdf) cada vez mais longe, com a saúde do planeta a ponto de dizer "basta", e com case 900.000.000 pessoas passando fome, assegurar que o que se leva fazendo até agora "tirou da pobreza a milhões de pessoas e elevou a qualidade de vida global" é, quando menos, cínico. Parece que o único problema para o G20 é regular o mercado financeiro, o resto funciona divinamente.

Efectivamente, parece que não leram bem o enunciado do problema.

14 novembro 2008

Que solução encontraram?

Um comboio de 70 metros de comprimento sae de Madrid para Santiago de Compostela com uma velocidade média de 105 km /h. Duas horas depois, um outro comboio, este de 105 metros, sae de Madrid em direcção a de Santiago com uma velocidade média de 103 km / h.
Na altura em que se cruzem as máquinas de ambos os trens, qual estará mais perto de Santiago?

Um professor que tive na EGB, a quem estou muito agradecido, acostumava plantexar esta questão na aula para mostrar a tendência que temos de procurar soluções complexas para os problemas simples, ademais das complicações que traz não ler bem o enunciado de um problema. A maioria dos alunos, efectivamente, tratava demonstrar o seu conhecimento usando a pilha de informação que estava disponível em cálculos complexos que não deixariam a ninguém qualquer dúvida sobre a sua capacidade matemática. A solução não precisava de nada de isso, só havia que fixar-se em qual era o problema e a solução viria por si só: os dous comboios estariam á mesma distância de Santiago.

Éramos apenas estudantes do EGB, mas este fim de semana vai reunir uma grande quantidade de espabilados para refundar o capitalismo. Sem embargo, o problema é que metade do mundo morre de fome.

08 novembro 2008

Cámaras, luces, Obama!!!

Jose Luis Barreiro tem razão quando diz que Obama não trouxe mudanças, mas foram as mudanças as que trouxeram Obama. A sociedade americana teve tempo para se preparar para este salto, só faltava um bom candidato e Obama, sem dúvida, foi.

Ignacio Ramonet, em seu livro "Propagandas Silenciosas", faz uma análise perfeita da forma como a indústria cinematográfica americana e a moral dos americanos estão intimamente relacionadas. Tanto assim que quase se pode saber o que vai acontecer com os E.U. com apenas botar uma olhadela para a carteleira do cinema. Ninguém sonda tão bem o estado de ânimo dos americanos como os produtores de filmes de Hollywood. E a campanha desenvolvida pola equipa de Obama tivo bastante de Hollywoodiense: um grande orçamento ao serviço de um bom guión, um bom director e um bom intérprete.

Os actores negros foram gradualmente fazendo papéis principais (antes eram apenas secundárias) até que Morgan Freeman acabou como presidente dos Estados Unidos da América em 1998 no filme "Deep Impact". Quatro anos depois, Denzel Washington e Halle Berry recolheram os Oscars de melhor actor e actriz principais, respectivamente. O cinema, entre outras coisas, foi preparando progressivamente ao grande público americano para ver heróis e líderes negros.

Agora, as irmãs Willians deslumbram no circuito de ténis feminino, o melhor jogador de golf do momento e o campeão do mundo de Fórmula 1 também são negros. Todas elas disciplinas reservadas "tradicionalmente" aos brancos.

Temos que estar atentos por se se estreia qualquer filme com uma presidenta dos Estados Unidos. Se eu fosse Hillary, teria deixado muito mais cedo as primárias e teria o meu próprio dinheiro gasto para produzir um bom filme no qual uma mulher salvara o mundo desde o seu posto no escritório oval.

No entanto, esperemos que Obama acabe os seus mandatos (em plural) justificando todas as esperanças que se depositaram em el.