O reducionismo com que os partidos políticos tratam o tema da imigração só é outro síntoma mais do patéticos que são os nossos políticos.
Por uma parte o PP põe no olho do furacão eleitoral a gente que não tem capacidade para decidir sobre as políticas que lhes serão aplicadas, mas faze-o ademais com o agravante de que apresenta como um problema a sua mera presença porquanto esta vem acompanhada de costumes “anti-espanholas”.
É dizer, expõe ante os espanhóis a possibilidade de decidir sobre o futuro de quem não o é. Esta mera possibilidade, assim exposta por Rajoy, situa aos espanhóis de RH numa posição dominante sobre o imigrante.
Indiscutível-mente: em qualquer âmbito quem decide sobre outros tem uma posição dominante, bem seja na empresa na família ou na política internacional.
A diferença é que os dominadores nestes âmbitos som-o dentro de estruturas mais amplas: perante a empresa há sindicatos, numa família as relações cara a cara, na política internacional..... bom, aqui é mais complicado, algo há, mas será coisa de um outro post.
Visto assi, os eleitores-dominantes espanhóis só procurarão manter a sua posição de dominação. Contrato de submissão po-lo medio ou não.
Por outro lado, o PSOE denuncia a atitude xenófoba e racista do PP. Bem feito. Mas o certo é que existe um problema. Sem embargo o problema não é que os imigrantes traiam os seus costumes com eles (só faltaria!), o problema é que se criam bolsas de pobreza des-assistida, e estas bolsas de pobreza são fonte de conflitos. Lógico.
No PSOE limitam-se a dizer que os imigrantes são básicos para o desenvolvimento económico do Estado. E esta afirmação, acompanhada da realidade das bolsas de pobreza, no faz sino pôr em evidência uma das contradições do sistema capitalista que tanto protege Solbes: dá-se-lhe carta de validade á equação Pais Rico=Aumento da Pobreza.
Patéticos. Votarei nulo.
12 febreiro 2008
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